28.11.06

fui até ao São Luiz...



A pedido de uma querida amiga... lá me arrastei entre chuva e ventanias até ao lançamento do livro do J. L. Peixoto. Não só(!) tive a batalha da vida com um guarda-chuva desarticulado, que nem Napoleão teria estratégia suficiente para vencer estes ventos cruzados( ...já para não falar nos buracos e poças de água da nossa estimada Lisboa), como fui assolada por um ataque de tosse que nem um tuberculoso no seu esplendor faria melhor.

Pelas leituras e respectiva apresentação do "Cemitério de Pianos", o romance promete.
J. L. Peixoto pela simplicidade temperada de timidez e uma "certa falta de jeito" cativa o público, sempre muito mais exigente com as suas palavras escritas, do que propriamente com o que o escritor improvisa "à laia" de apresentação do seu livro.
Gosto do título, ilustra bem o que é a vida. Cada tecla que deixa de tocar, menos um som que nos acompanha, menos uma nota para improvisar ao longo do dia...cada corda que parte, um cenário ideal rasgado...cada pancada no verniz preto, estala na alma a cortiça que nos protege...e a pouco e amiúde se chega ao fim, destapado e sem voz .

1 comentário:

Anónimo disse...

Acabei de ler o livro. Procurava algo sobre ele na net e encontrei o teu blog. Gostei muito do que vi aqui. Parabéns por este teu espaço. Hei-de voltar. Quanto ao romance do Peixoto, nem sei o que te diga. Ainda tenho um nó na garganta e no coração e em toda a minha pele. Não sei se deva usar a palavra "excelência", mas é a única que me ocorre. Já o leste?