14.1.09
Fui ao médico e descobri que sofro de parvoeira congénita
Expliquei-lhe que me sentia tão cansada e farta de uma rotina que me consome que preferia ir criar patos para o Afeganistão. Perguntou-me os motivos de tão excelente ideia e expliquei-lhe de forma cirúrgica (tal como eles gostam):
Parafina – Faço tudo pelas pessoas de quem gosto.
Médico – continue...
Parafina – Abdico de fazer o que gosto e o que me apetece para fazer os que me rodeiam mais felizes.
Médico – hum...
Parafina – Mesmo estando infeliz mantenho sempre boa cara para não incomodar...
Médico – pffff...
Parafina – Gosto de oferecer coisas para depois ver os sorrisos.
Médico – tchiii....
Parafina – Raramente exijo seja o que for.
Médico – tá bonito...
Parafina – E é isso...
Médico – A Parafina sofre de parvoeira, é completamente parva.
Parafina – Tem cura?
Médico – Não. A única forma de sobreviver é encontrar e conviver com pessoas parvas...ou então criar os patos no Afeganistão, isso agora é consigo.
Parafina – Obrigada. Boa Tarde.
Médico – Nada...eu criava os patos....mas enfim....
30.5.08
Feriados para quê?
2, two, deux, dva: feriados! Até estou deprimida...o que se faz numa sexta-feira 13, em casa? Não tem a mesma graça que dar uso ao seguro automóvel, que desmagnetizar o único cartão MB que tinha saldo, de deixar cair o telemóvel num sanitário público, entre outras possibilidades que tornam a vida mais colorida.
Não me conformo.
27.5.08
Que chova mais que nós gostamos!

3.5.08
A tia confessa...
Conselho de tia nova: à mesa tenham sempre mais pessoas que cadeiras.
23.4.08
Coisas do passado
Hoje lamento não ter cantado mais.
Querido Pai Natal

Pluviosismos
O responsável que se trate ou que se entretenha a massacrar outro Continente...ou vá às compras e contraia dívidas, ou perceba que o clima não é um comando de televisão.
O lisboeta é pouco rotineiro, mesmo naquilo que não deve (Marialvismo e a porta das traseiras), mas oferecer chuva e sol em estilo fotograma, ai Anthímio volte! e de urgência e explique-nos lá o que é que se passa lá em cima.
Trabalha-se
(temos pena que o novo “desacordo” ortográfico não elimine de vez esta palavra tão desagradável no português falado e escrito de Portugal, que agora é luso-afro-brasileiro?)
faça chuva ou faça sol...a intermitência das probabilidades convida-nos a pensar: aguardo em casa com serenidade e espero que chegue o Verão.
12.3.08
Demonstração de Resultados
Abano-me sem resultados. Há quem diga que gostaria de voltar atrás “se eu soubesse o que sei hoje...”, por mim pressiono qualquer botão que indique “próximo capítulo”.
26.10.07
24.10.07
Uma Aventura no W.C.
A nós mulheres: valha-nos a "polibalência"!

Memórias de Inverno II
- Têm sempre pressa e poucos cá passam...já ninguém engraxa sapatos, perderam o brilho...
- ...nos sapatos?
- Não. Esses, dizem, são o espelho de cada um...mas se estão gastos , baços...sujos...descurados...Nós é que andamos a perder o brilho.
Olha-se e não se vê.
Fala-se e não se sente.
Vive-se e apaga-se.
Está frio, mas descalço-me.
18.6.07
Memórias de Inverno
Envolvo o corpo numa manta e furo-a com o indicador para agitar a imagem da que outrora foi uma caixa mágica...zap...zap...zap, troco-lhe as voltas, não lhe dou descanso, interrompo tudo e todos, até um simples beijo no plano preferido do cinéfilo. Amanhã descida de temperatura tão intensa que vos congelará a respiração (isto sim, seria uma conspiração meteorológica interessante e não um mero esquema informativo que se repete e que só varia entre subidas e descidas).
Arrisco...sou audaz e levo comigo uma carapaça polar. O dia ainda tem a luz apagada. As árvores de braços erguidos e pontiagudos ferem as nuvens, rasgam-nas...Caminho com cuidado, evito as folhas secas e encarquilhadas, não quero esmagar as suas memórias, não quero sentir aquele som devastador semelhante ao crepitar que elas tanto temem.
Continuo de forma lenta e cuidadosa, o sangue circula devagar. Sinto a agitação cardíaca que me impede de afastar a solidão. O frio torna-nos demasiado conscientes. Estamos tão sós e preservamos tanto o “ser individual” que não temos sobre quem escrever.
Vejo o engraxador, de rosto seco, cheio de coordenadas de uma vida difícil. Curvado e apático aguarda que alguém lhe dê um sapato...é tanto quanto ele espera, um simples sapato.
(continua....)
5.6.07
Pensamentos Higiénicos...
Serve o inexistente para abanar uma realidade que nos é tão confortável.
31.5.07
Falam...falam...mas vêm todos cá parar
29.5.07
Pensamentos Piratas
Os piratas são convertidos a criaturas toscas e simpáticas, a usual defesa do Bem e dos maus serem extintos é aqui convertida à busca da eternidade daqueles que na História foram, não diria bárbaros mas os detentores da arte do saque e da pilhagem.
Não querendo ser destrutiva nos 248 minutos gostei de uma única frase: o Mundo está cada vez mais pequeno, no sentido de não haver espaço para todos, (e alguém responde) não, o Mundo está cada vez mais vazio. Gostei, aplica-se a nós enquanto seres únicos, que vivemos num total individualismo que nos é precioso. Estamos cada vez mais vazios, e tudo toma proporções desmedidas, damos importâcia ao irrelevante, irritamo-nos...criamos problemas na ausência de os ter, sentimos falta de espaço interior...mas na realidade ele está cada vez menos preenchido. É como viver numa casa enorme, sempre vazia e de repente alguém a ocupa, e nesse momento o espaço fica totalmente preenchido. Nós, habituados a viver no vazio, sufocamos na inabilidade claustrofóbica que nos acompanha num estado latente.
O Cosmos organiza-se...
E é exactamente entre o "tempo passa" e o "não decidimos" que o abismo se constrói, à espera que o perfume evapore, que as rugas rasguem a imaculada sensualidade da dança do vento. Podiamos salvar o sublime mas o relógio humano é incerto, arrasta-se entre cordas enferrujadas. Será o Futuro sublime ou uma sublimação?
28.5.07
Lavadeira de cara lavada
Sim, nem todos vivem em C-c-c-c-c-a.....nide.
25.5.07
Filosofia Tónica
24.5.07
Compro fim-de-semana
Há quem tome comprimidos para dormir, eu tomaria com todo o gosto comprimidos para acordar. Espero que os meus alunos tenham estudado ou habilitam-se que eu "tire uma sesta" durante a tarde. Com o café que vou beber hoje, mais valia ser accionista da Delta, da Buondi ou da Sical. A Lavadeira deixa hoje a sua roupa em sabonária, não há forças para a esfregar!
21.5.07
I.R.S. - Instituição Reguladora de Sofrimento
Já não aguento estes verdes...recibos...ranhosos...um livreco de merceeiro de papel encarquilhado.
Sempre detestei verdes...cheira-me sempre a fundamentalismo e estes verdes, grupo organizado, enviar-me-ão uma ameaça aterrorizadora no mês de Setembro.
Detesto o mês 9!
20.5.07
Domingo, time to be:

Zodiac

19.5.07
Sábado perdido...
Afinal já não vou passar o Sábado em casa!É tão bom ter bons amigos.
Conversas da minha aldeia...
Na solidão de um croissant e um café estava atenta ao que me rodeava...
(o cavalheiro)- Ouça quer um pãozinho-de-leite com fiambre?
(a cavalheira)- Pode ser, mas dos redondos com pouca manteiga.
(o cavalheiro)- Olhe, quero um pãozinho-de-leite redondo com fiambre e com pouca manteiga.
(a cavalheira)- Vá, dê uma trinca enquanto espera pela sua tosta. Ah, já viu aquela laranja?
(o cavalheiro)- Ah, que engraçada. Já viu aqueles bolos de chantilly?O Pedro é viciado.
(a cavalheira)- Ah, eu também adoro, mas prefiro aqueles que não têm massa de pastel de nata em baixo.
(o cavalheiro)- Pois eu "tamén", sou igualzinho.
Como é que alguém com ar de casado há trinta anos ainda discute o tipo de pastelaria que gosta?Será falta de comunicação ou ausência de assunto?
16.5.07
Fracture

Confesso que:
15.5.07
Rupestres do meu coração!

Eu evito ler coisas interessantes, cultivar-me, mergulhar no Passado. E porquê? Porque quanto mais leio, mais razão tenho quando afirmo que a raça masculina é "grunha"...é, é mesmo, não há nada a fazer.
Reparem: Arte Rupestre - rupestre vem do latim rupes, significa pedra.
A arte rupestre era maioritariamente masculina, embora se diga que também feminina quando era necessário comunicar alguma coisa interessante (sol, lua, constelações, etc.).
Sabem o que é que aqueles peludos dos primitivos desenhavam com a sua "arte" para representar o sexo feminino? Vulvas!...e barrigas de grávidas. Ou seja: mulher=sexo+descendência (de preferência igual ao primitivo do pai).
Agora pergunto-vos: quantos mil anos é que passaram?
Qual a diferença dos peludos de hoje?..hum...bebem cerveja, pensam na vulva e ensinam os filhos a beber cerveja e a pensar na vulva.
Mas são "peludinhos" adoráveis, temos é que domesticá-los...ainda não se libertaram do "período da selvageria"!!!
Ai as brasileiradas...

Empregados: brasileiros (alguns do nordeste, desconfio)
Sugestão: costela de boi (salvem-me!) e costela de porco.
Escolha da mesa: ambas
Momento alto e motivo deste post: o empregado após ter enfiado um espeto no meu prato, pergunta "o senhor aí do lado também é porco?". Silêncio, aquele se antecipa à gargalhada. Um Engº em choque. Outro Engº responde: "que se saiba não, mas quando diz: também é porco quem é o outro da mesa?"
O empregado não percebeu a piada técnica de um técnico especializado.
Até chegar ao meio da mesa correu bem...a pérola final:
"o senhor também é boi?"
Meus caros, isto não foi um almoço, foi a ganadaria de Santarém e uma vara de Engº's!
29.4.07
Tia-lismos

24.4.07
Acta para os próximos anos da minha vida

1.Voltar a escrever
2.Dizer piadas estúpidas e emanar a alegria em patetice
3.Sentir-me livre e despreocupada
4.Deixar de ser boazinha
5.Não consultar os movimentos bancários
6.Entregar o coração à cabeça
7.Mudar de emprego
8.Inscrever-me num ginásio
9.Comprar uma Vespa
10.Recuperar a casa de aldeia e fugir para lá….muito mesmo.
E, nada mais havendo a tratar, foi lavrada a presente acta que, depois de lida e aprovada, vai ser assinada por mim e pelo meu gin tónico.
Leio-me
Hoje resta-me escrever sobre o que escrevi e o que não consigo escrever. Só encontro uma combinação possível de duas palavras: não consigo.
Alguém me pode receitar qualquer coisinha que não um frasco de comprimidos ou tentativas de suicídio? Eu nem tenho a felicidade de poder alegar de que se trata de um bloqueio artístico, porque artístico é de facto gratificante mas não se aplica ao caso.
Contudo, a inspiração não é interdita ao comum/banal mortal (designação na futura lápide)...onde é que se encontra?...que eu já lhe perdi o rasto há uns meses.
Bloqueada agradece.
Auto-Retrato
28.11.06
fui até ao São Luiz...

1.11.06
China: Previsões
China: Consolação
a)Estamos na Cidade/País/Continente errado.
b)Fomos confundidos com um macaco e comeram-nos os miolos.
c)Morremos e na outra vida virámos peixinho de oceano.

Conclusão: A Calçada do Carriche, o Túnel do Grilo, o IC-19 e a A5 em hora de ponta são a benção da velocidade. A palavra "trânsito" devia ser proíbida neste País...
China: Alerta

Lembram-se daquela: "Eu fui à China de bicicleta e no caminho encontrei a minha neta...pisquei-lhe o olho..."lalala-ra-la-la-la. É MENTIRA! Recentemente considerados a "geração recibo verde", acrescento "engandos de sempre": estive na China, garanto-vos que era impossível encontrar a neta e muito menos de bicicleta. A única forma de marcar um encontro com alguém de bicicleta é enviar coordenadas, ser atropelado por um autocarro, provocar a queda de uma árvore, um embate de setenta carros, partir o vidro de uma loja, haver uma explosão nos esgostos da cidade e fazer uma sessão de fogo-de-artifício no local combinado.
Nota: mesmo assim não é garantido.
3.10.06
Pai, és um Querido!


Aqui está o meu presente de aniversário adiantado! Uma impressora portátil! O meu queridíssimo pai ofereceu à não menos querida filha, mais uma maravilha da tecnologia…a impressão fotográfica é excelente. O que eu gosto destes brinquedos, deliro com a portabilidade. Já não aguento uma viagem de táxi sem o iPod, as minhas férias sem o portátil, a minha vida sem o telemóvel! Eu sei que estas dependências não são muito normais…mas preciso de estar ligada ao Mundo. Adorava poder ter a minha família e os meus amigos em formato portátil, todos dentro de uma caixa, estilo condensados e depois tirava cada um de acordo com a ocasião (e voltavam para lá quando me enchessem a paciência, estilo avó a falar de doenças)…que delírio!
- Parem de olhar para as fotografias,vá, já estão a desfalecer de inveja…não é para menos.
28.9.06
Banalidades Tóxicas
Tive medo de pedir um café mas arrisquei…não ficaria admirada se viesse um almofariz com grão de café para ser moído na hora. Café normal, de chávena estreita onde não entra qualquer nariz.
Adorei inalar toda aquela poluição, nunca me senti tão feliz e despreocupada por fumar um cigarro, diria mesmo que ali é um vício saudável.
Já agora, alguém sabe se as árvores da referida avenida são verdadeiras? São plásticas ou estóicas?
Por 9: Malapata
Em jovem universitária: o mês que anunciava directas, cigarros, frequências, trabalhos e que conhecíamos os professores (nem sempre são experiências agradáveis, palavra de discente!).
Em jovem/adulta e lá o que me consideram agora: Setembro significa perdas.
….e depois nunca sei o que vestir, calçar…ninguém percebe qual é a “season” do indesejado 9…que a única coisa gira que pode ter, é ser múltiplo de 3, e eu gosto do 3.
14.9.06
Raindrop

6.9.06
Férias significa:
Amigos Ausentes
Malas, tralhas e roupa ao monte
Livros que se começam e que não acabam
Praias atolhadas e areia nos pés
Incêndios e alertas laranjas
Aumento das taxas de juro sem que ninguém dê por nada
Jornais magros e demasiado leves
Filas intermináveis nos aeroportos
Condutores nas auto-estradas inexperientes
Acidentes e GNR em força
Tempo para pensar
Digerir problemas e criar novos problemas dos problemas anteriores
Mais sugestões?
Pior…quem tem férias é porque trabalha, logo se não está de férias vai trabalhar, logo era preferível não ter férias para não ter a perspectiva de que se trabalha.
Somos feitos de hábitos…e os curtos só nos desabituam.
O Ventrículo da Vida
Pior que estar doente é ser médico e doente. A ignorância nestes casos é o soneto e não a emenda.
Imagino-me no lugar dele: serram, cosem e mudam a válvula. Digamos que encarava o massacre na perspectiva do talho e do mecânico da esquina. No lugar dele, tendo conhecimento teórico e prático, prevendo as complicações, o pós-operatório, a vida que se segue, as dores, o…cá está, já tinha ido primeiro que a anestesia…porque pior que um buraco no coração é um buraco na alma (palavra que atribuímos ao que não conseguimos explicar, já me sinto incomodada de usar a palavra alma uma vez que de tanto ser usada e mal, perdeu a alma do significado).
Agradeço que o meu continue a bater, que não entupa, nem se engasge…mas por vezes aperta e dói.